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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sobre a arte de dissimular

A maior parte das relações humanas gira em torno das conveniências, salvo os laços familiares e alguns, poucos, raros amigos, por quem estabelecemos vínculos naturais de afeto.
Nunca havia me sentido a vontade para banalizar sentimentos, até que se fez necessário, como aliás, somos impulsionados a fazer regularmente em diversas esferas da vida em sociedade. Naturalizamos a hipocrisia.
Percebi que os que geralmente conseguem alcançar objetivos são também campeões em dissimular; as pessoas consideradas espertas sabem perfeitamente articular mentiras, omissões e fingimento, tudo, é claro, a fim de preservar a própria 'integridade' e bem-estar, o que alguns chamam de egocentrismo.
De fato, todos procuramos apenas nos dar bem em tudo, mas existem maneiras de obtermos êxito sem passar por cima dos outros. Essas relações artificiais formam uma espécie de teia, na qual nos agarramos mais, sempre que nos movimentamos.
Pessoalmente, julgo que uma forma alternativa de lidar com isso, com essa descartabilidade das relações humanas, seja se esforçar para manter reciprocidades. Flores a quem oferece flores, espinhos para quem os envia e flores com espinhos para quem pensa que não sei distinguir afeto de conveniência.

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